Bom dia pessoal,
Já contei como começou o meu interesse pela falcoaria na
página quem sou eu. Agora vou falar sobre como comecei a buscar informações
sobre ela. A primeira coisa que eu fiz foi obviamente procurar no
google. Obviamente temos que tomar muito cuidado com as fontes que consultamos,
pois há muitos sites idôneos na internet e também há muitos sites com
informações falsas ou equivocadas. Vou comentar sobre cada site ou livro que li
mas antes vou apresentar o meu caderno de falcoaria!
Este é o meu caderno de falcoaria, com capa do Galo porque
sou atleticana hahahahaha. Nele fiz e continuo fazendo resumos de todo o conteúdo
já lido e pesquisado. Ele também é meu companheiro nos cursos que já fiz e
farei no futuro.
Vou então começar a comentar sobre a bibliografia que
consultei. Lembrando que a maioria da bibliografia sobre falcoaria está em
língua inglesa ou espanhola, então se você tem dificuldades com a leitura
nestes idiomas, é melhor começar a estudar logo! (Bem, não vou puxar muita
sardinha pro meu lado, afinal trabalho ensinando estas línguas, mas o seu
conhecimento facilita enormemente a vida do falcoeiro.)
Manual Básico y Ético de Cetrería
Feito pelo Governo da Espanha, em comemoração ao
reconhecimento dado pela UNESCO à Falcoaria como Patrimônio Cultural Imaterial,
ele é disponibilizado gratuitamente no site acima. Nem tenho como agradecer aos
espanhóis pela enorme contribuição que deram a todos os falcoeiros,
especialmente aos iniciantes como eu, com um material tão rico e bem escrito.
De forma super didática este manual dá noções básicas, porém essenciais sobre a
biologia das aves de rapina, treinamento, equipamentos, etc. Leitura totalmente
indispensável!
Um pouco dos meus resumos sobre esta leitura:
IFF starter´s booklet
Pesquisando em língua inglesa
achei este material super interessante e que traz questionamentos essenciais à
qualquer iniciante. Em um primeiro momento pode até parecer que o texto quer
que você desista de se tornar falcoeiro, mas o objetivo é realmente auxiliar,
demonstrando como ter uma ave exige responsabilidade, dedicação e estudo. Vamos
comentar alguns pontos deste texto:
“Do it
properly or don´t do it at all”
“Owning a
hawk is nothing like owning a pet: it takes knowledge, preparation and
experience gained before one can be ready to take first steps.”
Este trecho me chamou muito a
atenção. Ter uma ave de rapina não é o mesmo que ter um cachorro ou um
papagaio. Muitas pessoas se encantam com os rapinantes e compram um para só
depois descobrirem que nem tudo são flores. Muitos nem sabem como é o
treinamento de uma ave destas, qual a alimentação adequada, o manejo diário, e
quem sofre é inevitavelmente à ave, que muitas vezes foge ou morre por falta de
conhecimento por parte de seu dono. Se você quer mesmo se tornar falcoeiro
saiba da responsabilidade e lembre-se sempre que:
“The hawk
comes first”
Se você não coloca a sua ave
em primeiro lugar, respeitando sua natureza e dando à ela todas as condições
adequadas é melhor não ter uma ave. Pois como o texto fala mais adiante:
“It will be a life time commitment”
A expectativa de vida de uma
ave de rapina é grande, os cuidados são diários, durante todo o ano. Você tem
que pensar bem se terá com quem deixar a sua ave quando for viajar, pois ela não
é um cachorro que pode ser deixado no hotelzinho de qualquer pet shop. O
texto te leva a refletir bem se:
“Do you really want to become a falconer?”
E se ao terminar o texto ainda estiver convicto de que quer se tornar um falcoeiro, parabéns! Se não,
não tem problema, há várias formas de ajudar os rapinantes, esse carinho por
eles é algo muito nobre e necessário pois precisamos preservar estas aves na
natureza. Que tal procurar se informar sobre como você pode ajudar, mesmo sem
ter uma ave? Contate a ABFPAR e informe-se!
O texto ainda fala sobre o
que é verdadeiramente a falcoaria, porque uma pessoa deve se tornar falcoeiro,
a ética necessária ao se praticar esta arte, além da importância de se ter um
tutor.
De forma didática, ele ainda propõe
um guia para iniciantes:
Meu caderno ainda não acabou
e ainda não comentei todas as leituras que já fiz, desde o final de 2014 quando
comecei a estudar até hoje. Aguardem os próximos posts, onde irei comentando
mais sobre elas!
Abraços e bons voos!
Kátia.
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